quinta-feira, 23 de outubro de 2014

– O insigne nós e o outro demonizado – [A justaposição utilizada como salvação do outro ou como permanência do conteúdo religioso]


A cosmovisão de um determinado povo ou segmento religioso se dá através de percepção identitária. A pergunta “quem nós somos”, por vezes, é respondida quando se identifica o que o outro não é. Essa identificação é legítima, porém, parcial, visto que o julgamento subjetivo mostra-se tomado por um conceito pré-estabelecido, de axioma de gerações, de cosmogonias e tradições escritas e/ou orais, sem interrupções de informações e críticas para uma análise de um novo jogo sobre o outro.
Quanto mais se pontua as diferenças, mais distante da “verdadeira proposta” para o humano se torna o outro – ainda que neste contexto (pós)moderno. Há pluralidade, mas não há contextura. Há tolerância porque não se pode impedir, mas não há respeito em considerar que os mundos dos outros também habitam no mesmo mundo do insigne nós.
Decerto que nem todos os povos e religiões possuem o conceito do demônio que o cristianismo popularizou mediante influência persa sobre o judaísmo tardio. A presença do diabo na mitologia africana só foi possível pela projeção católica. Segundo Câmara Cascudo, “não há mesmo um vocábulo próprio para designá-lo a não ser personalizando uma de suas atribuições. Psicologicamente, uma projeção cristã de Satanás”.[2]
Contudo, demônio e demonização são questões que diferem, embora seus juízos comunguem. Pois já que o demônio - na teologia cristã - é aquele cuja capacidade se deve (na possessão) a modificar a identidade de alguém, forçando uma alteração de atitudes, demonização, por sua vez, é declarar que o outro possui ou está possuído por uma identidade que não a “nossa”.
Este artigo, portanto, é a honesta tentativa de refletir sobre parte do fundamentalismo no campo religioso brasileiro salientando alguns eventos históricos sobre identificação do sagrado alheio, justaposição (como ferramenta de missão ou de permanência de conteúdo religioso) e – consequentemente - demonização. Concluiremos com o momento do cristianismo em sua versão neopentecostal (representada pela IURD) e como se dá a relação com as religiões afro-brasileiras (representada pela Umbanda).
1.    Eventos de Justaposição
Bittencourt relata em sua obra Matriz Religiosa Brasileira que os indicadores científicos mais confiáveis apontam que o território brasileiro possui ocupação humana há pelo menos 5 mil anos. Já a missão arqueológica franco-brasileira, chefiada pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire, na década de 70, afirmou que o fóssil mais antigo das Américas tem entre 11 e 16 mil anos e foi encontrado em Belo Horizonte. Trata-se de um crânio de uma mulher negra que fora batizada com o nome Luzia pelo biólogo Walter Alves Neves. Como a história desconhece um povo que seja ausente de religiosidade, concluímos que o campo religioso no Brasil é de tempos ainda mais remotos.
1.1.        Índios
Alguns historiadores calculam que em 1500, existiam cerca de 3 a 4 milhões de índios no Brasil.[3] Segundo informações da FUNAI[4], só na bacia amazônica existiam 5,6 milhões de índios. Independentemente dos desencontros estatísticos, sabe-se que com a chegada dos europeus, a religiosidade dos índios fora questionada e demonizada. O cosmógrafo franciscano André Thevet, de volta da experiência na “França Antártica”, assim a descrevia em 1558: “… esta região era e ainda é habitada por estranhíssimos povos selvagens sem fé, lei, religião e nem civilização alguma, vivendo antes como animais irracionais…” Pero Magalhães de Gândavo, em 1570, e Gabriel Soares de Souza, em 1587, escreviam que “os índios não têm nem fé, nem lei, nem rei”. Também para o jesuíta Cardim, “este gentio não tem conhecimento algum de seu Criador, nem de cousa do Céu… e, portanto, não tem adoração nenhuma, nem cerimônias, ou culto divino”.[5] Ou seja, o mundo desconhecido passa, impreterivelmente, pelo crivo de quem diz ter encontrado a verdade e, agora, faz desta, objeto de posse e missão.
Nesse processo de cristianização, Mahyra, por exemplo, o ser sobrenatural dos tupis (cuja data de sua referência é justamente do séc. XVI), fora utilizado pelos jesuítas na pessoa de Nóbrega, inicialmente para equiparação à crença cristã e, após isso, catequese. Não obstante, outras entidades sobrenaturais foram demonizadas. Segundo palavras de Nóbrega:
Esta gentilidade nenhuma coisa adora, nem conhece a Deus, somente aos trovões chamam de Tupane; que é como quem diz coisa divina. E assim nós não temos outro vocábulo mais conveniente para os trazer ao conhecimento de Deus, que chamar-lhe Pai Tupane.[6] (LARAIA, 2005, p.11)
O antropólogo brasileiro Roque Laraia comenta – certeiramente – que
De um modo geral, Tupã poderia ter sido melhor definido como um demônio, temido por controlar o raio e o trovão e, assim, consequentemente, a morte e a destruição. Dessa maneira os sentimentos indígenas para com essa entidade são mais de medo do que veneração.[7] (Grifo nosso)
Concluímos nesta parte que o objetivo dos colonizadores não era exceptuar as divindades, visto que eram tidas como “nada”. A tarefa era de: 1º) etiquetá-las com nova identidade; 2º) mudança rígida de conteúdo e; 3º) conversão dos símbolos sagrados e de seus rituais cúlticos a fim de que os outros pudessem ter a mesma experiência com a verdade do insigne nós.
1.2.        Negros
1.2.1.   Negros na África
Além dos índios, estima-se que no período colonial, cerca de 3,6 milhões de negros entraram no Brasil para serem vendidos como escravos.[8] Nesse tempo, chegaram ao país os primeiros africanos de origem iorubá (hoje ficam na Nigéria, Benin e Togo).
Pierre Verger diz que os primeiros navegadores portugueses (séc. XV), batizaram as divindades africanas com o nome de “feitiço” – palavra portuguesa que significa algo como “formado”, “coisa feita”.[9] E que
Do século XVII em diante, os traficantes de escravos informavam sobre as religiões que nos interessam; mas, como eles estavam mais preocupados em “fazer um tráfico lucrativo com negros, dentes de elefantes e outras mercadorias” (Snelgrave) falavam dessas religiões da maneira mais desdenhosa. Para aquela gente, elas eram: “Uma massa confusa de superstições ridículas” (d'Elbée); “Eu não creio que haja na terra um povo mais supersticioso” (Bosman); “Sua religião é tão ridícula e tão confusa” (Nyendael); “Supersticiosa, ridícula e sem fundamento” (Des Marchais); “Um mundo de costumes supersticiosos” (Snelgrave); “Uma espécie de idolatria de um incrível absurdo” (Pruneau de Pomegorge); “Uma embrulhada de superstições absurdas” (Dalzel).[10]

Na visão de Richard Lemon Lander, explorador britânico, sobre os africanos: “O pior tipo de paganismo, o culto de demônios e outras práticas abomináveis”. (Grifo nosso) Para alguns missionários protestantes, a mesma atitude de desprezo é expressa numa comparação das religiões indígenas com o catolicismo. Assim é que o Rev. Townsend, censurando a religião do povo de Abeokuta, diz: “Os orixás são suas imagens e crucifixos. Não pode haver muita diferença entre papismo e paganismo”.[11]
Olorum é considerado pelos iorubás como o Deus supremo, onisciente, possuindo um poder absoluto, justo, bom, benévolo e onipresente, e que sua posição é única entre os objetos da crença deles e isto sem a influência do cristianismo. Leo Frobenius possui uma opinião oposta: “Para prepará-los para admitir o Deus cristão, os missionários dizem logo: ‘Nosso Deus é O mesmo que o seu Olorum’”.[12] (Grifo nosso)
1.2.2.   Negros no Brasil
Bittencourt relata que os iorubás, quando chegaram ao Brasil, tinham por religião o candomblé, mas por estarem numa região proeminentemente católica, começaram a associar suas divindades com os santos católicos para exercerem sua fé disfarçadamente. Os senhores tinham como controlar tudo, exceto o pensamento dos escravos. É Bittencourt quem chamará esse jogo de orixás com santos católicos de justaposição:
Os africanos trazidos para o Brasil percebiam separadamente as tradições religiosas de origem e as cristãs. A tendência inicial foi simplesmente justapor os elementos dessas religiões, sem vínculo de conteúdo entre eles.[13] (Grifo nosso)
E continua
Já os descendentes dos escravos no Brasil, não conheceram essa situação de duas mundividências religiosas diferenciadas; assim, o sincretismo serviu também como um mecanismo para se preencherem lacunas. No caso do sincretismo afro-brasileiro, a lógica imperante não foi a da separação dos elementos, mas sim a que une esses elementos. Pode-se dizer, pois, que não foi a pergunta pela origem (de onde vem?), mas sim a pergunta pelo objetivo (para que serve?) que mais influenciou o processo de sincretismo.[14]
Durante a segunda metade do século XIX, onde muitos retornaram para a África, constituíram uma sociedade à parte, basicamente endogâmica, e uma identidade social assimilada à dos primeiros brasileiros. Segundo Milton Guran:

Esta identidade se reproduzia também por meio da religião – eles eram basicamente católicos, apesar da mistura com os cultos vodus – e da instrução escolar. Eles criaram escolas onde todas as crianças, meninos e meninas, aprendiam a ler e escrever em português (...) enquanto que os súditos de Abomé eram proibidos de frequentar as salas.[15]

Esse fato é o resultado de um enxerto dogmático e cultural de séculos. Os agudás (ajuda), como são chamados os escravos que retornaram para África, inseriram modos europeus abrasileirados. Todos perderam a identidade religiosa, a cultura e os familiares. Voltaram utilizando sobrenome, com religiosidade sincrética e visão do outro a partir do novo jogo aprendido com os cristãos.
1.3.        Os umbandistas
Embora sincrética, a Umbanda, religião genuinamente brasileira, surgida nos idos de 1920 no Rio de Janeiro, combina elementos do candomblé, do catolicismo e do espiritismo kardecista (séc. XIX). A umbanda cultua os orixás com imagens diferentes, além de outros três: preto-velho, caboclo e pomba-gira. Estes não aparecem no candomblé. É certo que ainda nos dias atuais, as religiões afro-brasileiras utilizam a justaposição – o que acaba por remontar o tempo da escravidão.
A percepção de André Droogers[16] para com os “espíritos de luz” (caboclo, preto-velho e crianças) diz poder ser um grito social dentro da umbanda.
Os caboclos, espíritos de índios. A imagem do índio feita pelo romantismo do século XIX é muito parecida. Esse índio luta contra os brancos e é tido como símbolo da luta do Brasil pela independência. Não é difícil ver como os índios foram expulsos de suas terras, marginalizados e até exterminados no decorrer da história do Brasil nos últimos séculos (segundo dados do censo 2010, hoje são 817 mil índios[17]). A segunda categoria de espíritos é formada pelos pretos-velhos. São espíritos de escravos velhos. Parece representar o negro complacente, controlado pelos brancos. Neste caso também há uma tendência de deixá-los numa posição à margem da sociedade, longe do poder, da política, da prosperidade econômica, dos bairros ricos. A terceira categoria são os espíritos de crianças. As crianças, por definição, não são adultas e ficam à margem delas.[18]
Após esta brevíssima passagem por dados histórico-sociais, podemos observar que o insigne nós no Brasil (aqui representado pela IURD) permanece marchando numa cadência pré-moderna no que tange ao seu relacionamento com religiões afro-brasileiras. Veremos a seguir, que tanto o peso do discurso moderno como o laicismo nacional (1890) influenciado pelo positivismo, são interessantes para o insigne nós tão somente quando lhes interessa a ordem e o progresso do que valorizam como verdade.
2.    De poderes (da aparente insuficiência da modernidade ao poderio midiático da IURD)
O marco para as ciências (e por que não para o “desenvolvimento” do mundo?) não se deu a partir de respostas pré-estabelecidas, e sim, de perguntas. As experiências e buscas insaciáveis levaram o ser humano a esboçar novos caminhos, novas pesquisas, novas respostas e, com isso, novos questionamentos. A Modernidade concluiu que não há um só ponto de referência. Há referências. No campo religioso, Deus e o que é sagrado servem para referenciar, dar sentido. A (pós)modernidade no Ocidente liquidificou todas as respostas e colocou dentro de uma caixa aberta.
Com a chegada de outros povos, o sincretismo passou a ser um processo que se propunha a solucionar conflitos e problemas em contextos multiculturais. Obviamente que os conflitos não foram de todos apaziguados, mas certamente, em muitos casos minimizados ao reconhecimento de que a crença alheia era verdade para o alheio. E se anteriormente a busca fora por anulação e, consequentemente, demonização das referências sagradas dos povos de terras conquistadas, agora, com a Constituição de 1988, não se pode anular ou privar o exercício do culto alheio; mesmo assim, o processo de demonização não se calou, antes, tornou-se rotineiro no discurso televisivo neste país de muitos deuses ainda caricaturados pelo regime do insigne nós.
Podemos afirmar que as religiões são referência e não cultura, todavia, a cultura referencial de uma terra é influenciada pelas crenças que nela residem. Negá-las, portanto, é excluir referências de mundos balizadores da humanidade.
O Brasil, país laico desde 1890, quando da Proclamação da República (essa liberdade de pensamento que resultou diretamente da influência do Positivismo[19]) abriga um vasto número de religiões. 89% da população brasileira crê que a religião é importante[20] e que cada indivíduo possui liberdade de expressar sua crença desde que não fira os valores maiores: o do outro.
Por isso, como não se pode anular a crença alheia dizimando o que pensa diferente, legitima-se o sagrado desconhecido dando novos significados e, por fim, demonizando-os. É o mesmo jogo medieval, porém, sem forcas ou fogueiras, mas com toda a força das “ferramentas modernas” de que a religião dispõe. Veja pesquisa feita pela Folha de São Paulo[21]:

Somados todos os horários, temos 534 horas semanais em canais abertos com programas religiosos. Dessas 534, 140 horas são compradas por milhares de reais pelas igrejas evangélicas. Em 2010, só a IURD teve 32 horas semanais na TV Record, o que lhe custou cerca de 500 milhões de reais durante aquele ano.[22]
Segundo a Folha de São Paulo,
pela lei em vigor, cada emissora (concessão) só poderia vender até 25% do seu espaço para publicidade. As TVs driblam o dispositivo porque igrejas não podem ser consideradas anunciantes. Para alguns profissionais da TV, no entanto, essa prática é ilegal e a lei proíbe a venda da grade a terceiros. A Anatel ou o Ministério das Comunicações jamais se manifestaram a respeito.[23]
A IURD possui poder midiático que avilta as religiões afro-brasileiras sem que essas tenham direito à resposta. Notemos a seguinte notícia: 
Em uma decisão inédita do Ministério Público Federal, as entidades foram autorizadas a produzir um vídeo com “direito de resposta” que deveria ser exibido gratuitamente pela Rede Record no final de 2011. Mas a emissora recorreu da ação e conseguiu impedimento, ao menos por enquanto.
Logo na abertura, o telespectador é informado que trata-se de “direito de resposta concedido pela Justiça Federal ao Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), ao Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e ao Ministério Público Federal, autores da ação contra o enfoque negativo e discriminatório das religiões afro-brasileiras”.
O vídeo de quase uma hora de duração, foi produzido pela TV PUC e tem a participação de diversos representantes de entidades religiosas afro-brasileiras, católicas, budistas e muçulmanas, além de profissionais de comunicação e artistas. Intitulado “Diálogo das Religiões”, é basicamente um apelo pela convivência harmônica entre as diferentes vertentes religiosas do país.[24] (Grifo nosso)
A solução não é oferecer a mesma arma para reação, mas trabalhar para conscientização de que um discurso que demoniza outrem em mídia causa desconforto atingindo diversos setores – quer sejam religiosos, acadêmicos, jurídicos.
À guisa de conclusão, verificaremos a ideia de identidade neste contexto do insigne nós e do outro demonizado.
3.    De identidade e Justaposição
Bittencourt vai dizer que
Os pentecostalismos, por seu turno, reprocessaram a religiosidade de origem matricial, apondo-lhes sinais valorativos. Em outras palavras: ao invés de rejeitar esse sistema de crenças do senso comum, discriminaram e classificaram aquilo que pertenceria ao domínio de Deus, e aquilo que se situaria na jurisdição do Diabo. A rigor, com esse procedimento, os pentecostalismos ensejam que a Matriz Religiosa Brasileira permaneça intacta. Esta seria apenas cuidadosamente realocada num novo esquema religioso.[25]
De um lado, o que é de Deus, de outro, o que é do Diabo. “Dar a César o que é de César” parece expressar dois mundos diferentes num só. Não dá para cancelar o outro. O que a IURD faz, então, é posicionar a Umbanda num mundo atrasado e perdido, desvalorizando seus ideais e funções sociais como a citação de Droogers acima.
Se observássemos a respeito dos orixás dos umbandistas num terreiro e uma cerimônia para o Deus cristão na IURD, perceberíamos que os olhos dos fiéis na igreja se dirigem mais para a terra do que para o céu. E como, então, considerar o “céu” como a residência do ser supremo? É por isso que o próprio Droogers aponta o estado entre o insigne nós e o que há de somenos: “A pergunta não é quem está contra Deus, mas contra o homem”.[26]
Nossa reflexão “termina” apontando uma resposta. Se a justaposição do candomblé foi utilizada com tanto sucesso a fim de que o conteúdo permanecesse intacto, a Umbanda poderia utilizar-se do mesmo artifício com a terceira onda pentecostal (IURD), visto que muito do que ocorre em sua liturgia (como banho do descarrego, cair no espírito, “cobrar” pelo trabalho) se assemelha aos rituais nos terreiros.






REFERÊNCIAS
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CÂMARA CASCUDO, Luís da. Made in África. 4.ed. São Paulo: Global, 2002.
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CÉSAR, Élben M. Lenz. História da evangelização do Brasil – dos jesuítas aos neopentecostais. Viçosa: Ultimato, 2000.
DROOGERS, André. E a umbanda? São Leopoldo-RS: Ed. Sinodal, 1985.
DURKHEIM, Émile. Formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.
GURAN, Milton. Da bricolagem da memória à construção da própria imagem entre os agudas do Benim. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira/ Ed. Gama Filho, 2000.
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MEZZOMO, Frank Antônio. Nós e os outros: proselitismo e intolerância religiosa nas igrejas neopentecostais. Revista Fênix de História e Estudos Sociais. Santa Catarina: Universidade Federal de Santa Catarina, Vol. 5, ano V, n. 1, janeiro/fevereiro/março 2008. Disponível em http://www.revistafenix.pro.br/PDF14/Artigo_14_Frank_Antonio_Mezzomo.pdf Acesso em 01/03/2012.
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[2] CÂMARA CASCUDO, Luís da. Made in África. 4.ed. São Paulo: Global, 2002, p. 107.
[6] LARAIA, Roque de Barros. As religiões indígenas: o caso tupi-guarani. Revista USP, São Paulo, n. 67, p. 6-13, p. 11.
[7] Idem.
[8] DROOGERS, André. E a Umbanda? São Leopoldo-RS: Sinodal, 1985, p.11.
[9] VERGER, Pierre. O Deus supremo iorubá; uma revisão das fontes. Odu: University of Ife, Journal of African Studies, vol. 2, n. 03, 1966, p. 19.
[10] Idem, p. 19.
[11] Cf. Idem, p. 21.
[12] Cf. Idem, p. 28.
[13] BITTENCOURT FILHO, José. Matriz Religiosa Brasileira. Petrópolis-RJ: Vozes, 2003, p. 64.
[14] BITTENCOURT, 2003, p. 64.
[15] GURAN, Milton. Da bricolagem da memória à construção da própria imagem entre os agudas do Benim. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira/ Ed. Gama Filho, 2000, p. 67.
[16] André Droogers é professor de Antropologia da Religião na Universidade Livre de Amsterdam. Entre 1980 e 1985 foi docente de Estudos da Religião na Escola Superior de Teologia (EST) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em São Leopoldo, RS. De 1991 a 1995 foi Presidente da Associação de Antropologia da Holanda.
[18] Cf. DROOGERS, André. E a umbanda? São Leopoldo-RS: Ed. Sinodal, 1985.

[19] Positivismo é a doutrina que o francês Augusto Comte (1798-1857) concebeu e cujos princípios fundamentais são estes:
a) o entendimento, em filosofia,  de que o mundo funciona segundo leis naturais que lhe são inerentes, e não segundo a intervenção de seres sobrenaturais (Deus) nem de energias, espíritos ou forças igualmente sobrenaturais,
b) o entendimento, em religião, de que  há um ser supremo, superior a cada um de nós, a Humanidade, conjunto dos seres humanos de todos os tempos,
c) o entendimento, em moral,  de que o altruísmo, vale dizer, a bondade sob todas as suas formas é preferível ao egoísmo sob qualquer das suas expressões,
d) o entendimento, em política, de que o Governo deve limitar-se a atuar sobre as coisas, e jamais sobre os pensamentos, ou seja, deve ocupar-se da administração da vida material de cada coletividade, sem interferir no que se relacione com as convicções das pessoas: não deve o Estado impor  nenhuma religião, tampouco os atos de culto correspondentes; em suma, o Estado deve ser laico, neutro em matéria de religião. O seu lema é "Ordem e Progresso".
[25] BITTENCOURT, 2003, p. 44.
[26] DROOGERS, André. E a umbanda? São Leopoldo-RS: Ed. Sinodal, 1985, p. 70.









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