(artigo publicado na Revista Unitas.
Disponível em: http://revista.faculdadeunida.com.br/index.php/unitas/article/view/3/5)
INTRODUÇÃO
O século XIX foi responsável pela virada hermenêutica em textos
sagrados. Após o declínio do domínio religioso no meio das ciências e o grande
interesse pelo universal, abriu-se espaço para o surgimento da comparação entre
as religiões.
O presente artigo versará a comparação entre o zoroastrismo e a fé
judaica amparada a partir do século VI a.e.C., época do início do domínio Persa
sobre Israel. Observaremos a mudança teológica do Deus causador de todo o bem e
de todo o mal, para um Deus que faz o bem,
contrastando com Satan, responsabilizado pelo mal.
Ainda à guisa de introdução, precisamos sublinhar dois problemas para
uma consulta futura e mais exaustiva: a) Israel, nos quesitos religião, política e economia, não
pode ser tratado como um todo unificado. Fohrer destacará, inclusive, que os
israelitas nem constituíam um grupo étnico homogêneo.[3] Em diversos momentos, é
notada a presença de grupos internos contrários no que se refere à ideia da fé.
Portanto, nosso interesse em informar sobre a influência persa na religião
judaica, não poderá pretender a generalização; b) A cronologia dos acontecimentos.
Ackroyd
destacará a dificuldade em apresentar uma cronologia dos acontecimentos na
época em que o governo persa assumiu o lugar da Babilônia.[4] Herbert Donner acredita,
por exemplo, que a saída da Babilônia não se deu da noite para o dia (neste
caso, em 538 a.e.C.); fora apenas na década de 20 (séc. VI), sob o governo de
Cambises ou Dario I.[5]
1
ISRAEL
E SUAS MÚLTIPLAS RELAÇÕES
A
fé de Israel é uma fé construída através de encontros. Sua teologia fora
alterada/acrescida a cada manifestação de força contrária em seu caminho. Isso
nos leva a entender que a Bíblia baseia-se numa experiência quase universal. Considerando
que o Êxodo tenha existido, começa-se pelo contato com a fé egípcia, onde o
dualismo já fazia parte do mito cultual: Osíris era como um deus bom, enquanto
Seth-Typhon, um deus mal;[6] é possível citar os
sumérios com sua influência na construção literária da Torah[7], bem como Gilgamesh em
oposição ao monstro Huwawa;[8] com os cananeus, Baal (o
deus da fertilidade) e Mot (deus do submundo e da morte);[9] no exílio babilônico,
Israel teve contato com a adoração de Marduk[10], o que vencera Tiamat.[11] Mesmo que Israel tivesse
ciência dos combates cósmicos existentes e todo o dualismo nas religiões
circundantes, o Primeiro Testamento não apresenta nenhuma luta cósmica entre Javé
e Satan. O inimigo é o outro. Israel não luta contra deuses, mas contra
governos.
O
inimigo não é só o outro, mas também outro:
o próprio Javé (Lm 2.5).[12] O livro de Lamentações
(2.21) registrará: “Tu os mataste, no dia de tua ira, sem piedade os imolaste”.
O autor de Lamentações “emprega seis termos diferentes (͑ap, ḥărôn, ḥări, ḥēmâ,
za ͑am, ͑ebrâ) cerca de dezoito vezes para expressar o caráter irado do
julgamento de Deus”.[13] Javé é responsabilizado
não pela causa e sim pelo mal enviado, pois o mesmo livro em questão denuncia o
pecado humano em 3.39,42[14].
Javé
é o pastor perverso (3.2). Ele é único e não há nada além dele. Luz e treva são
obras de suas mãos. Vê-se que o aspecto destrutivo da personalidade de Deus
será reconhecido ulteriormente como Satan.
2
MONOTEÍSMO
(?)
A fé judaica não deixa
dúvidas quanto a unicidade de Javé. O critério da OHD (por volta de 550 a.e.C.), por exemplo, está baseado em Dt.
6.4: “Ouve, Israel, Javé nosso Deus é o único Deus”. Suas três exigências são: Um só Deus, um só povo e um só lugar de
culto.[15]
A primeira exigência define: nada de ídolos. Deus é um só e responsabilizado tanto
pelo bem como pelo mal. Não há lugar para um dualismo religioso. Todas as
coisas provêm de um só Deus.
Jeffrey Burton Russel
enfatiza que “na religião hebraica pré-exílio, o Senhor fez tudo que estava no
céu e na terra, tanto o bem como o mal. O diabo não existe”.[16]
3
DUALISMO
(?)
O Dêutero-Isaías (45.7)[17] combaterá
essa ideia, ainda na ambiência babilônica, ao afirmar: “Formo
luz e crio escuridão, o que faz paz e o que cria mal, eu, YHWH, o que faz tudo
isso”. Não poderia haver concorrência de poderes. Não obstante, Geza
Vermes nos dirá que “a ideia de que os demônios eram responsáveis por todo o
mal moral e físico penetrou profundamente no pensamento religioso judaico no
período após o exílio babilônico, sem dúvida, como resultado da influência
iraniana sobre o judaísmo”.[18] Na
Pérsia, Ahura Mazda é deus da luz[19]
e Angra Mainyu é deus das trevas[20].
E como isso fora possível, visto que Israel rejeitava tal teologia dualista?
Em primeiro lugar, a visão dualista do cosmos[21] não
surgira com os persas e também foi um trabalho de elaboração teológica no
zoroastrismo:
A concepção original Gathas da realidade do mal é mais
enfatizada pelos teólogos do período avéstico tardio, e a personalidade do
príncipe do mal se torna ao mesmo tempo mais pronunciada. O cerne mais difícil
que confronta os sacerdotes zoroastristas, como faz todo teólogo, é como Ahura
Mazda, o pai de bondade, pode ser feito responsável pela existência do mal no
mundo. O profeta já ensinou a existência de um poder independente como
o autor do mal. A ideia inerente a este ensino é agora, elaboradamente,
trabalhado até que cada objeto que é marcado pelo homem como o mal seja
atribuído à atuação do Espírito Maligno. A proibição é colocada sobre tudo
no universo que se opõe ao reino de Asha da justiça, até o detalhe de criaturas
nocivas e plantas venenosas. Eles pertencem à criação do mal.[22] (Grifo
nosso)
Dhalla ainda informa:
O
epíteto Gatha Angra é transformado em um nome
próprio.[23] Angra Mainyu é o Demônio de Demônios (Vd19.1,43),
que se infiltrou na criação do Bom Espírito (Yt13.77).
Seu epíteto é “cheio de morte” (Y61.2; Yt3.13; 10.97; 13.71; 15,56; 17.19; 18,2;
24.43; Vd1.3; 19.1, 43, 44; 22,2; Aog.4.28.). (...) Ele é o pior mentiroso (Yt3.13). Ele é um tirano (Vd19.3), (...) e do conhecimento do mal (Aog.4), e de malignidade (Yt17.19; Vd11.10; 19,1,5,9,12,44), bem como inveteradamente perverso (Y27.1; Yt10.118; 13.71,78). Ele é o fazedor de obras más (Yt19.97).[24]
(Grifo nosso)
Em segundo lugar, Eliade esclarecerá que “a teologia de
Zaratustra não é ‘dualista’ no sentido estrito do termo, uma vez que Aúra-Masda
não é confrontado com um ‘antideus’”.[25]
Seria mais aceitável, portanto, a ideia de um Deus criador de todas as coisas,
mas, que, se exime da responsabilidade do Mal. Na sequência, Eliade dirá que:
“... o Bem e o Mal, o santo e o demônio destruidor procedem de Aúra-Masda, mas
como Angra Mainyu escolheu livremente o seu modo de ser e a sua vocação
maléfica, o Senhor Sábio não pode ser considerado responsável pelo aparecimento
do mal.”[26]
Observamos, portanto, que na tradição persa a construção
teológica do “fazedor do mal”, vem de: a) uma futura “personificação” do mal e;
b) pela simples escolha de se querer fazer
o mal.
4
DEUS
É BOM, SATAN É MAU
Os
judaítas estavam mesmo dispostos à compreensão de uma teologia reformulada. Um
breve exemplo está na revisão do texto de 2Sm 24.1: “A ira de YHWH se acendeu contra Israel e incitou
David contra eles: ‘Vai’, disse ele, ‘e faze o recenseamento de Israel e de Judá’”
(Grifo nosso). Os líderes atualizam a teologia da história de Israel: “Permaneceu
Satan contra Israel e instigou a David
para enumerar a Israel” (1Cr 21.1; grifo nosso).
Em
três lugares na Bíblia aparece o nome Satan:
Jó 1-2; Zc 3.1 e 1Cr 21.1. Apenas no último texto, Satan é empregado sem artigo, como nome próprio.[27] “Para o cronista, o
próprio Deus não pode mais exercer essa função negativa; ela precisa ser
deslocada para uma figura fora de Deus".[28]
A
revisão da OHCr[29], responsável pelo texto
acima, nos revela não somente uma mudança na leitura sobre o rei Davi (que passa
a ser um fiel seguidor de YHWH)[30]; ela transparece a
mudança de vetor teológico (de valor cúltico/litúrgico) quanto a questão da personificação do mal em Satan. Este
aparece como alguém que possui instrumentalidade independente.
CONCLUSÃO
Tentamos
aqui apontar, ainda que de maneira iniciante, a transformação na teologia
judaica pós-exílio no que tange à atribuição do “bem” e do “mal” a Iahweh e a
Satan – respectivamente – dada no contato, sobretudo, com a religião persa.
Os
textos utilizados, como a releitura da OHCr,
ainda são possibilidades para futuras pesquisas mais bem detalhadas. Mas o que
vimos até aqui não pode ser descartado, mediante a importância da religião de
Zaratustra como aquela que influenciou a maior parte da fé judaica e, consequentemente,
cristã. Isto posto, é-nos possível verificar como as catástrofes da vida (como
a destruição da cidade santa e o exílio) têm o poder de transformar até mesmo a
fé de um povo escolhido. A fé é
certeza até que o bem e o mal sejam resolvidos e/ou bem definidos dentro de nós
para que assim, sejam definidos nos céus.
REFERÊNCIAS
ACKROYD, Peter R. Israel under Babylon and Persia. Oxford
University Press, Walton Street, Oxford ox2 6dp, 1970.
ARMSTRONG, Karen. Uma
História de Deus. Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras,
2008.
BAUER - Dicionário
Bíblico-Teológico. São Paulo: Ed. Loyola, 2000, p. 400.
BERGANT, Dianne
& KARRIS, Robert J. (Orgs). Comentário Bíblico. Trad.
Bárbara Theoto Lambert. 3ª ed. São Paulo: Ed. Loyola, 2001.
Bíblia de
Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002.
Bíblia – Tradução
Ecumênica (TEB). São Paulo: Edições
Loyola, 1994
BOYCE, Mary. Zoroastrians – Their Religious Beliefs and
Practices. Routledge & Kegan Paul, London, Boston and Henley, 1979.
CORREA, Maria Isabelle Palma Gomes. Mitos Cosmogônicos:
Suméria e Babilônia. Disponível no sítio eletrônico:
http://www.galeon.com/projetochronos/chronosantiga/isabelle/Sum_indx.html.
Acesso em: 10 junho de 2014.
CRÜSEMANN, Frank. A
Torá - Teologia e História Social da Lei do Antigo Testamento. Trad.
Haroldo Reimer. Petrópolis-RJ: Ed. Vozes, 2002.
DHALLA, Maneckji Nusservanji. History of Zoroastrianism. New York, Oxford University
Press, London Toronto, 1938.
DONNER, Herbert. História
de Israel e dos povos vizinhos. Vol. 2. Da época da divisão do reino até
Alexandre Magno. 4ªEd. São Leopoldo-RS: Ed. Sinodal, 1997.
DUNCAN, Heaster. The Real Devil – A Biblical Exploration. Carelinks
Publishing, P.O. Box 3034, South Croydon, Surrey CR2 Oza, 2009.
El Libro de Enoc. In:
http://www.bibliotecapleyades.net/esp_enoch.htm
ELIADE, Mircea. História
das Crenças e das Ideias Religiosas. Tomo I: Da Idade das Pedras aos
Mistérios de Elêusis. Vol. 1: Das Origens ao Judaísmo. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1978.
__________.
História das Crenças e das Ideias
Religiosas. Tomo I: Da Idade das Pedras aos Mistérios de Elêusis. Vol. 2: Dos
Vedas a Dionísio. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
Enuma Elish – o épico da criação. Trad. L.W. King. Londres, 1902. Tábua
4. Disponível no sítio eletrônico:
http://www.setecove.com.br/upload/apostila/ehji4l4e2icENUMA%20ELISH%20em%20Portugu%C3%AAs.pdf.
Acesso em 10 de junho de 2014.
FEUERBACH,
Ludwig. Preleções Sobre a Essência da
Religião. Trad. José da Silva Brandão. Campinas-SP: Ed. Papirus, 1989.
FOHRER,
Georg. História da Religião de Israel. Trad.
Josué Xavier. Santo André: Academia
Cristã/Paulus, 2012.
FOHRER,
G.; SELLIN, E. Introdução ao Antigo
Testamento. Trad. Mateus Rocha. Santo André: Academia Cristã/Paulus, 2012.
GOTTWALD,
Norman K. Introdução Socioliterária à
Bíblia Hebraica. Trad.
Pe. Anacleto Alvarez. São Paulo: Paulinas, 1988.
GRAVES, Kersey. Biografy
of Satan – A Historical Exposition of
the Devil and His Fiery Dominions. Old Chelsea Station: New York, 2007.
GUNNEWEG, Antonius H.J. Teologia Bíblica do Antigo Testamento. Uma
história da religião de Israel na perspectiva bíblico-teológica.
Trad. Werner Fuchs. São Paulo: Editora Teológica; Edições Loyola, 2005. –
(Série biblioteca de estudos do Antigo Testamento)
KELLY,
Henry Ansgar. Satã, uma Biografia. Trad.
Renato Rezende. São Paulo: Globo, 2008.
KING, Leonard W. Enuma
Elish (2 volumes in one): The
Seven Tablets of Creation; The Babylonian and Assyrian Legends Concerning the
Creation of the World and of Mankind.
New
York, Cosimo Classics, 2010.
KLEIN,
Ralph W. Israel no Exílio – uma
interpretação teológica. Trad. Edwino Royer. Santo André-SP: Academia
Cristã; São Paulo: Paulus, 2012 (Coleção temas bíblicos).
LIVERANI,
Mario. Para Além da Bíblia. Trad.
Orlando Soares Moreira. São Paulo: Paulus/Edições Loyola, 2008.
MARROCHI,
Mario. Os Jubileus – origens e
perspectivas. São Paulo: EPS/Ed. Santuário, 1999.
PAGELS,
Elaine. As Origens de Satanás: um estudo
sobre o poder que as forças irracionais exercem na sociedade moderna. Trad.
Ruy Jungmann. 2ªEd. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
REIMER,
Haroldo. A Tradição de Isaías. In: Estudos Bíblicos, v. 89, Petrópolis,
2006, pp. 9-18.
RENDTORFF,
Rolf. A “Fórmula da Aliança”. São
Paulo: Edições Loyola, 2004.
__________.
A Formação do Antigo Testamento. Trad. Bertholdo Weber. 5ª ed. rev. São Leopoldo:
Sinodal, 1998.
RÖMER, Thomas; MACCHI, Jean-Daniel; NIHAN, Christophe
(Orgs). Antigo Testamento
– história, escritura e teologia. São Paulo: Ed. Loyola, 2010.
RUSSEL, Jeffrey Burton. The Devil. Ithaca: Cornell University Press, 1977.
SANDERS,
N.K. A Epopeia de Gilgamesh. São
Paulo: Martins Fontes, 1992.
SAYÃO,
Luiz. O Problema do Mal no Antigo
Testamento. O caso de Habacuque.
São Paulo: Hagnos, 2012.
SCHMIDT,
Werner H. Introdução ao Antigo
Testamento. 4ª ed. Trad.
Annemarie Höhn. São Leopoldo-RS: Sinodal, 1994.
SCWANTES,
Milton. Sofrimento e Esperança no
Exílio. História e teologia do povo
de Deus no século VI a.C. 3ª ed. São Leopoldo: Oikos, 2009.
SEGANFREDO,
Carmen; FRANCHINI, A.S. As melhores
histórias da Mitologia Egípcia. Porto Alegre-RS: L&PM, 2012.
SIN,
Sorgalim. El Libro de Los Secretos de
Enoc II. Outskirts Press,
2008.
SOTELO, Daniel Martins. A
Origem da Monarquia e dos Reis em Israel. Coleção História
de Israel, vol. 2. São Paulo: Fonte Editorial, 2012.
__________.
A Torah e a Obra Historiográfica
Deuteronomista: as revisões sob a influência persa no contexto sócio-histórico
do pós-exílio. 2010. 226 f. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade
Católica de Goiás, Departamento de Filosofia e Teologia. 2010.
__________.
O Exílio. Coleção História de
Israel, vol. 3. São Paulo: Fonte Editorial, 2012.
__________.
O Pós-Exílio. Coleção História de
Israel, vol. 3. São Paulo: Fonte Editorial, 2012.
VERMES,
Geza. Jesus, o Judeu. London: SCM,
1993.
WESTERMANN,
Claus. Fundamentos da Teologia do Antigo
Testamento. Trad. Frederico Dattler. Santo André-SP: Ed. Academia Cristã,
2011.
[2] DHALLA, Maneckji Nusservanji. History
of Zoroastrianism. New York, Oxford University Press, London Toronto, 1938,
p. 52.
[3] Cf. FOHRER,
Georg. História da Religião de Israel. Trad.
Josué Xavier. Santo André: Academia
Cristã/Paulus, 2012, p. 33.
[4] Cf. ACKROYD, Peter R. Israel
under Babylon and Persia. Oxford University Press, Walton Street, Oxford
ox2 6dp, 1970, p. 171.
[5] DONNER, Herbert. História de Israel e dos povos vizinhos. Vol.
2. Da época da divisão do reino até Alexandre Magno. 4ªEd. São Leopoldo-RS: Ed. Sinodal, 1997, p. 465. (DONNER apresenta como
referência a obra de A.A. AKARYA: The
Chronology of the Return from the Babylonian Captivity. Tarbiz,
37:329-337, 1967/8.)
O doutor em Ciências da Religião, prof.
Daniel SOTELO, reafirma essa problemática cronológica em: O Pós-Exílio, Coleção História de Israel, vol. 3. São Paulo: Fonte
Editorial, 2012, pp. 11-14.
Não nos caberá,
nesta comunicação, discutir o assunto da cronologia, embora seja relevante
registrá-lo como ponto introdutório para a construção desta comunicação.
[6]
Cf. SEGANFREDO, Carmen; FRANCHINI, A.S. As
melhores histórias da Mitologia Egípcia. Porto Alegre-RS: L&PM, 2012,
pp. 53-68.
[7] CORREA, Maria Isabelle Palma Gomes. Mitos Cosmogônicos: Suméria e
Babilônia, p. 200. Disponível em
http://www.galeon.com/projetochronos/chronosantiga/isabelle/Sum_indx.html.
Acesso em 10 de junho de 2014.
[8] SANDARS, N.K. A Epopeia de Gilgamesh. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
[9]
FOHRER, Georg. História da Religião de
Israel. Trad. Josué Xavier. Santo André: Academia Cristã/Paulus, 2012, pp. 52-67.
[11]
Enuma Elish – o épico da criação. Trad. L.W. King. Londres, 1902. Tábua
4. Disponível no sítio eletrônico: http://www.setecove.com.br/upload/apostila/ehji4l4e2icENUMA%20ELISH%20em%20Portugu%C3%AAs.pdf.
Acesso em 10 de junho de 2014.
[12]
KLEIN, Ralph W. Israel no Exílio – uma
interpretação teológica. Trad. Edwino Royer. Santo André-SP: Academia
Cristã; São Paulo: Paulus, 2012, pp. 31-32.
[13] Idem, nota 5, p. 32.
[14] “Por que se queixa o homem, que
ele seja homem apesar de seus pecados?... Nós pecamos, fomos rebeldes e tu não
nos perdoaste.”
[15] SCHWANTES, Milton.
Sofrimento e Esperança no Exílio. História e teologia do povo de Deus no
século VI a.C. 3ª ed. São Leopoldo:
Oikos, 2009, pp. 30-31.
[16] RUSSEL, J.B. The Devil.
Ithaca: Cornell University Press, 1977, p. 174.
Caberia melhor investigação da figura do mal nos demais
livros judaicos: embora a figura do Adversário
esteja presente no Talmud e no Midrash, nenhum destes fazem menção de Satan
como anjo caído. Até mesmo o Zohar (comentários
místicos sobre a Torah; escritos, segundo a tradição ortodoxa, no século II
d.e.C.), o “lado negro” é apresentado como um aspecto de Deus que no mundo é
visto como resultado do pecado humano. O Zohar não ensina o dualismo, mas
ensina que a luta entre o bem e o mal ocorre dentro do ser divino.
[19] DHALLA,
1938, pp. 30-35; 155-156.
[20] Idem, pp. 259-261.
[21] Nesta esteira de pensamento, um deus faz o bem,
enquanto outro, o mal.
[22] DHALLA, 1938, p. 257.
[23] Da mesma maneira que Satan.
[24] Idem, p. 259.
[25] ELIADE, Mircea. História das Crenças e das Ideias
Religiosas. Tomo I: Da Idade das Pedras aos Mistérios de Elêusis. Vol. 2:
Dos Vedas a Dionísio. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978, p. 148.
[26] Idem.
[27] Bíblia – Tradução Ecumênica (TEB). São
Paulo: Edições Loyola, 1994, p. 1472, n. t.
וַיַּֽעֲמֺ֥ר שָֹטָ֭ן עַל־יִשְֺרָאֵ֑ל וַיַּסֶת֙ אֶת־דָּוִ֔יד לׅמְנ֭וֹת
אֶת־יִשׂרָאֵֽל
[28] BAUER - Dicionário Bíblico-Teológico. São Paulo: Ed. Loyola, 2000, p. 400.
[29] Obra
Historiográfica Cronista.
[30] SOTELO, Daniel M. A Torah e a Obra Historiográfica
Deuteronomista: as revisões sob a influência persa no contexto sócio-histórico
do pós-exílio. 2010. 226 f. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade
Católica de Goiás, Departamento de Filosofia e Teologia. 2010, p. 74.
Nenhum comentário:
Postar um comentário